O pedido à justiça é para impedir que Jonathan Jacob doe mais espermatozóides
O holandês Jonathan Jacob Meijer, de 41 anos, está sendo processado, acusado de enganar centenas de mulheres. Ele é pai de pelo menos 550 crianças. Ele foi convocado a comparecer diante do juiz no próximo mês porque a Fundação Donorkind e uma mãe levaram o caso ao tribunal em uma tentativa de impedir que Jacob gere mais filhos por meio da doação de espermatozóides a bancos de sêmen de todo o mundo. A alegação é que o governo da Holanda simplesmente não fez nada para impedir que o homem continue a doar.
A Sociedade Holandesa de Obstetrícia e Ginecologia fez soar o alarme contra Jacob pela primeira vez em 2017, quando se descobriu que ele já havia gerado 102 filhos na Holanda depois de doar sêmen para dez diferentes clínicas. O homem chegou a ser colocado em uma “lista negra” de doadores em seu país, porém, recorreu a clínicas fora da Holanda e continuou doando, transformando o ato numa espécie de negócio.
Uma mulher holandesa, chamada Eva, que, em 2018, deu à luz a uma criança disse se sentir doente ao pensar nas consequências que o ato de Jacob terá no seu filho, quando ele descobrir. “Se eu soubesse que ele já tinha mais de 100 filhos, eu nunca o teria escolhido. Se eu pensar nas consequências que isso poderá ter para o meu filho, fico doente”, desabafou a mãe.
Eva e a Fundação Donorkind moveram o processo contra Jacob, pois entendem que esse é o único meio de fazê-lo parar. “Eu tenho que proteger meu filho”, disse Eva. Ela também espera que ação judicial resulte na destruição do sêmen de Jacob que permanece armazenado em diversas clínicas. “Estamos tomando medidas contra esse homem porque o governo nacional não está fazendo nada. Ele tem um alcance global, via internet, e faz negócios com grandes bancos de esperma internacionais”, disse Ties van der Meer, presidente da Fundação Donorkind.
Em Santa Catarina
?Inaugurado em 2015, é o Criovita é segundo banco exclusivo de sêmen do Brasil e o primeiro banco de doadores de Santa Catarina. Em sua página na internet, o Criovita explica que a doação de sêmen é um ato voluntário, humanitário e altruísta em que um homem saudável doa seus gametas para serem utilizados por um centro de reprodução humana autorizado, a fim de conseguir a gravidez em mulheres cujos parceiros tem problemas de fertilidade ou que não têm parceiros.
A seleção dos doadores anônimos acontece por meio de histórico genético, qualidade espermática e exames de triagem (sorológicos, microbiológicos e genéticos).
“O controle de qualidade e a garantia de anonimato são fatores essenciais e fazem parte do serviço prestado pelo Criovita”, explica a página institucional do banco de sêmen.
Para ser um doador é necessário realizar espermograma, preencher um formulário sobre seu histórico de saúde, realizar coleta sanguínea e urinária para realização dos exames de triagem. As identidades de doador e receptora não podem ser reveladas em qualquer circunstância. A lei contempla apenas um caso em que por motivo de saúde do recém-nascido dependa de estudos realizados sobre o doador. Neste caso, quando ordenada por um juiz, a identidade do doador pode ser revelada aos profissionais de saúde, mas nunca para a pessoa que recebeu a amostra.
A Crivita explica que fornecer sêmen precisa ser entendido como ato de doação, um gesto único e que fará a felicidade de alguém. Outros benefícios são conhecer a própria saúde reprodutiva, o perfil de doenças infectocontagiosas e o perfil genético através de exames realizados gratuitamente. Além disso, o doador terá preservada sua amostra para uso próprio, esta poderá ser utilizada no futuro caso algo aconteça e comprometa a sua própria fertilidade. (Com informações do site Fatos Desconhecidos)
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