Jaqueline Blasius quer oferecer o tratamento pelo SUS e, no momento, está em busca do convênio com a Secretaria de Saúde

A especialista em ozonioterapia, Jaqueline Blasius (Jaque), de Blumenau, se reuniu com representantes da Secretaria de Saúde de Itajaí para obter informações sobre como se credenciar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ela quer implantar e oferecer, em Blumenau, um ambulatório para tratamento de feridas com a ozonioterapia por meio do sistema, para atender mais pacientes, similar à que já existe em Itajaí. "Os resultados têm sido tão bons; em 2018, o Ministério da Saúde incluiu a ozonioterapia nas práticas oferecidas pelo SUS", conta.

Os maiores beneficiados com o ambulatório de tratamento de feridas serão os diabéticos. Um estudo mostrou que a ozonioterapia, em pessoas com úlceras do pé diabético, ajuda a fechar a ferida de forma mais rápida e a reduzir o risco de infecção na pele. O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. "Infelizmente, sabemos que nem todos os pacientes têm condições de fazer o tratamento pago. E os benefícios são fantásticos", declara.

A terapia está prestes a ser regulamentada no Brasil. No final do ano passado, o projeto de lei nº 9001/2017 foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara de Deputados Federais. O projeto de lei agora passará pelo senado e então sanção presidencial. A terapia já é oferecida pelo sistema de saúde de países como Alemanha, China, Rússia, Cuba, Portugal, Espanha, Grécia e Turquia, além de 32 estados dos Estados Unidos.

Jaque lamenta que a falta de informação sobre o assunto, como ocorreu na época em que o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, quis tratar os doentes de COVID-19 com ozônio e foi mal interpretado, prejudique o trabalho dos profissionais sérios que têm obtido excelentes resultados com seus pacientes. "A ozonioterapia é um tratamento integrativo complementar que não interfere nos tratamentos estabelecidos e potencializa o acesso à saúde, apresentando poucas contraindicações, custos baixos e elevada eficácia terapêutica. Tenho obtido resultados excelentes em meus pacientes", enfatiza.

A Associação Brasileira de Ozonioterapia informa que mais de 250 tipos de doenças podem ser tratadas com o ozônio medicinal de forma direta ou complementar a outros tratamentos previstos na medicina tradicional. O ozônio medicinal é um grande agente anti-inflamatório que diminui o estresse oxidativo e inflamação do corpo através de estímulos em mecanismos e ações biológicas do organismo. A descoberta do tratamento com ozônio medicinal ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, quando o médico alemão Christian Friedrich Schonbrin, disseminou o uso da terapia para tratar soldados feridos em batalha, alcançando uma série de resultados positivos.

Entre as diversas doenças que podem ser tratadas ou ter seus efeitos minimizados com o uso do ozônio medicinal estão: doenças infecciosas, agudas e crônicas causadas por vírus, bactérias e fungos; infecções resistentes a antimicrobianos, como no caso dos abscessos fistulosos, queimaduras e úlceras diabetogênicas; infecções hepáticas, herpes zoster, candidíase, vírus de hepatite; doenças autoimunes, como esclerose, artrite reumatoide, e doença de Crohn; enfisema, asma, labirintite, psoríase, doenças pulmonares; fibromialgia, depressão e muitas outras.

 


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