Cresce o número de doações de sangue em Santa Catarina

Percentual foi de 4% maior em relação a 2022

Crescimento do número de doações em 2023 foi de 4,1% em relação a 2022 / FOTO SECOM/SC

Um dia você pode estar do outro lado do balcão, precisando de uma transfusão de sangue. E aí, pode não haver disponibilidade no Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC), responsável pela coleta, seleção, armazenagem e distribuição de sangue para os hospitais de todo o Estado de Santa Catarina. A falta de sangue no Hemosc não é algo comum, mas por precaução é sempre bom manter os estoques dentro do nível aceitável. A boa notícia é que o Hemosc encerrou 2023 com crescimento de 4,1% nas doações de sangue em comparação com o ano anterior. Esse incremento é resultado de campanhas de conscientização que tiveram a adesão da sociedade catarinense.

“Com a solidariedade dos catarinenses, que mesmo diante de eventos adversos como as enchentes, conseguimos atender 99,8% das solicitações de sangue feitas pelos hospitais e clínicas de Santa Catarina, o que também viabilizou a realização das cirurgias eletivas. Assim, cada doação de sangue contribuiu para a redução das filas de cirurgias eletivas.” afirma a diretora do HEMOSC, Patrícia Carsten.

Durante o ano de 2023, o HEMOSC recebeu 160.597 candidaturas de doação de sangue, desse total, 135.166 pessoas efetuaram a doação e dessas, 5.123 foram doações de plaquetas por aférese.

Entre aqueles que doaram, mais de 52% repetiram esse ato pelo menos duas vezes durante o ano, o que demonstra que os catarinenses entendem a doação de sangue como um ato de generosidade e cidadania.

Em torno de 2,2% dos catarinenses é doador de sangue, sendo esse mais um número significativo comparado ao restante do Brasil.

Alexandre Oliveira tornou-se doador de sangue depois que veio morar em Santa Catarina // FOTO SECOM/SC

Natural do Pará e morador de Santa Catarina há cinco anos, o motorista de ônibus  Alexandre de Oliveira Silva diz que sempre teve vontade de ser doador de sangue."Eu penso na outra pessoa que pode estar precisando de sangue, que pode ser até eu. Tem sempre alguém precisando de sangue". Ele conta que já morou em outros estados, mas foi em Santa Catarina que tomou a decisão de se tornar um doador de sangue e incentiva outras pessoas a fazerem a mesma coisa. "É um ato muito vem visto", resume.

Camila fez a sua primeira doação e diz que foi tudo muito tranquilo // FOTO SECOM/SC

Camila Fevarin fez a sua primeira doação de sangue. "Tudo bem tranquilo, passei pela triagem e fui muito bem recepcionada". Ela diz que o seu objetivo principal é ajudar, pois vê muitas campanhas de doação de sangue. Além disso, o seu sangue é O negativo, que pode ser doador universal. Ela também lembra que o ato de doar sangue também pode beneficá-la no momento da inscrição de um concurso público, por exemplo, que dá direito à isenção da taxa de inscrição. "É também um incentivo para que quer fazer a doação e tem um pouco de medo", observa Camila.

Para o presidente da FAHECE, Dr. Alvin Laemmel, organização social que faz a gestão do HEMOSC junto à Secretaria de Estado da Saúde, o crescimento reforça o compromisso com a sociedade catarinense. “Nada substitui o sangue humano. Para que isso seja possível, precisamos garantir qualidade, mas também o compromisso dos catarinenses que são fundamentais neste ato de solidariedade que é a doação”, afirma.

A diretora do Hemosc diz que todos os tipos são necessários porque sangue tem praza de validade / FOTO SECOM/SC

Patrícia Carsten, diretora do HEMOSC, observa que os números de Santa Catarina em 2023 estão bem acima da média do restante do país. "O número mais significativo é de que 2% da população catarinense é doadora de sangue e, no restante do país, esse índice é de 1,4%". Ela lembra que existem critérios para se tornar um doador. "No nosso site www.hemosc.org.br tem todas essas informações e critérios". As dúvidas, segundo Patricia, podem ser esclarecidas diretamente no Hemosc. No site também estão os locais para doação e o agendamento. Segundo ela, todos os tipos sanguíneos são necessários todos os dias, pois o sangue tem prazo de validade. "Por isso, o Hemosc faz a coleta com muita responsabilidade, para que não ocorra desperdício". Em Santa Catarina, revela a diretora, por ser uma população com descendência europeia a predominância são os tipos de sangue A e O, tanto positivo quanto negativo.

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