É comum dizer - ou ouvir dizer - que só depois que perdemos algo passamos a dar valor a essa coisa. Talvez esse depoimento tão popular esteja muito mais ligado ao fato de perder do que a falta que algo perdido realmente faz. O sentimento de posse nos torna frágeis em relação ao fato de perder e até mesmo inconformados em relação a uma situação que parece desfavorável aos nossos anseios. Entre perder e fazer falta existe um longo caminho no Rotary para se atuar filosoficamente.
Uma das questões intrínsecas durante a existência de nossa organização talvez seja: o Rotary perde seus associados ou seus associados deixam o Rotary ? E o Rotary é feito do quê? Se faltar qual elemento o Rotary deixa de existir? Incentivar, expandir atuação, aumentar o número de associados, impactar com projetos, buscar novas estratégias e abordagens ainda são elementos importantes de uma fórmula com prazo de validade.
Por mais que uma organização de serviços humanitários, que é o caso do Rotary, seja detentora de um sistema quase perfeito no universo organizacional, ela tem grande percentual de pessoas que fazem dela um organismo vivo e regido por sentimentos paralelos em universos alinhados pela causa de servir.
A história sente falta das pessoas que realmente transformam seu espaço de vida num lugar melhor e não naqueles que foram coadjuvantes nos aplausos de uma plateia movida pela inércia. Somos todos reflexos de nosso brilho, ou de nossa própria sombra. Temos de fazer essa escolha de nos tornarmos rotarianos melhores que ontem, ou, aos poucos, pessoas que fazem falta no Rotary não vão nascer mais, comprometendo nosso futuro de servir neste planeta que tanto precisa de nossas atividades. Como o Rotary é centenário, já temos duas floradas de baobá, árvore que floresce a cada 50 anos, pois é o tempo que dedicamos ao nosso Rotary, que faz dele algo tão importante para nossas vidas.
Não importa o que você vai fazer: faça algo que leve as pessoas a sentirem a sua falta, mesmo quando possa ocorrer, contra a sua vontade, uma interrupção em sua situação de presença no seu clube. Não adianta somente seu clube saber que você é parte do Rotary, seu Distrito precisa saber, a comunidade precisa saber, seu espaço de vida precisa saber, assim você não será apenas um numero no cadastro rotário. O Rotary pode existir sem mim, mas eu não existiria da mesma forma se não fosse por ele.
Autor: Cesar Romão, Associado ao E-Rotary Club do Distrito 4420, publicado na Revista Rotary Brasil, outubro/2019.
Reuniões às terças-feiras, às 20h, no Raul`s Hotel.
Saiba mais, acesse: www.rotarygaspar.org.br.
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