Gotinhas contra a poliomelite darão lugar à vacina injetável.

No mês passado o Ministério da Saúde informou que, a partir de 2024, a vacina oral contra a Poliomelite (VOP), será substituída gradualmente pela versão inativada (VIP), administrada de forma injetável.

A pasta informou que a mudança foi amplamente debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizaçao, levando em consideração as mais recentes evidências científicas.

“ As famosas gotinhas sempre foram uma poderosa ferramenta para os controles dos surtos de pólio em todo o mundo, interrompendo a cadeia de transmissão”.

Elas têm facil administração (pela boca), alta efetividade e custo baixo.

Mas são feitas com virus vivos enfraquecidos, e que podem sofrer mutações depois de eliminados pelas fezes, com chance rara de paralisia naqueles não protegidos, que se infetam com água e alimentos contaminados.

Esta foi a explicção do rotariano Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto Emilio Ribas e Consultor Técnico da Comissão Nacional pela Erradicação da Pólio do Rotary Internaconal, em artigo publicado no dia 07 de julho, no blog Letra de Médico da Revista Veja.

“ Isto acontece especialmente em áreas com baixa cobertura vacinal, falta de saneamento básico e elevada concentração populacional”.

Já a VIP com proteçao acima de 90% contém virus inativados, que são incapazas de causar doenças depois.

Leonardo esclareceu ainda: “Hoje o Ministério da Saúde recomenda três doses da VIP, aos dois, quatro e seis meses e dois reforços com a VOP, aos 15 meses e quatro anos de idade”.

“ Porém a partir do próximo ano os dois reforços com a vacina, serão substituídos por um reforço aos 15 meses com uma vacina injetável, conferindo a proteção semelhante.”

O artigo de Leonardo Weissmann comentando as mudanças na vacinação contra a Pólio no Brasil pode ser lido na integra