O plano do “carro popular” saiu do papel: o governo federal publicou a Medida Provisória (MP) nº 1.175, concedendo descontos em veículos comercializados no País. O “bônus” vai de R$ 2.000 a R$ 8.000, seguindo quatro critérios: consumo energético, preço público sugerido; densidade produtiva nacional e fonte de energia do motor. O cumprimento de cada especificação rende uma pontuação, que se reflete no desconto total de impostos.
A previsão é que o projeto vigore pelos 120 dias de vigência normais de uma MP, mas há um limite na soma de descontos que chega a R$ 1,5 bilhão. Deste montante, R$ 500 milhões são destinados a automóveis e comerciais leves, R$ 300 milhões são voltados a vans e ônibus e R$ 700 milhões são destacados a caminhões. Para custear o plano, contudo, o governo antecipou a desoneração do diesel. Agora, ele fica pelo menos R$ 0,11 mais caro por litro e R$ 0,35 mais caro a partir de 1º de janeiro de 2024.



 
Montadoras reagem rápido

 Após a publicação da MP no Diário Oficial da União (DOU), as montadoras aqui instaladas, já informadas do teor da Medida, atualizaram os preços de uma série de veículos. Boa parte delas, inclusive, aproveitou para dar um bônus de fábrica, além do desconto estatal. Foram os casos do Renault Kwid, barateado em R$ 10.000 no preço público sugerido, e do Jeep Renegade, que na versão Sport 1.3 Turbo teve uma redução de até R$ 19.000. Os novos preços foram anunciados pelas próprias montadoras em comunicados oficiais e estão disponíveis nos sites de cada marca.