Pelo sim, mais pelo não!
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(Fotos: )
Depois de uma queda inesperada, passei 60 longos dias com o braço esquerdo engessado. Pequena trincadura no pulso esquerdo, mas que não foi mole suportar. Aos conhecidos, surpresos, afirmava brincando: - Se eu fosse índio, vocês me chamariam de Cacique Asa Quebrada, uma vez!
Ao tirar a tala, dias atrás, do hospital até a casa, esbarrei com amigos que também me olhavam admirados. O braço desentalado tava feio de ver: inchado, com hematomas e cascões dignos de um Segismundo. Como até nos momentos trágicos é preciso aparentar bom-humor, apelei para esta grave revelação: - Pois não é que somente aos 74 anos estreei no cinema! (lembrei-me da cantora Clementina de Jesus que só gravou seu primeiro disco aos 70 anos de idade). Fiz uma participação especial no filme A indiada do Garcia, no papel de Cacique Asa Quebrada. E agora parto de ator principal em meu segundo longa-metragem: A mão de Frankenstein.
Agora, encarando um assunto mais sério: política. Livre das "algemas de gesso", expressão criada pelo jornalista Alvir Renzi ou desentalado, no dizer do professor e artista Rubens Heusi, cheguei à conclusão de que sou totalmente contra o instituto da reeleição.
Se um governante tem 4 anos no poder, neles poderá mostrar a que veio. Passe a bola para outro e se quiser retornar, dê uma folguinha de 4 anos. Também nunca engoli a sublegenda. Aqui em Blumenau, temos um exemplo típico de sua incongruência.
No livro Loucos e memoráveis anos (O centenário do Jornal O Estado (1915-2015), publicado pela Editora Unisul, dei o seguinte depoimento: Venceu Félix Theiss. Sasse foi o mais votado, mas a coligação MDB levou Félix Theiss à Prefeitura de Blumenau.
Agora, iremos para o segundo turno, tendo, pela segunda vez, na reta final os combatentes Napoleão Bernardes e Jean Kuhlman. Na opinião dos palpiteiros de plantão, poderá haver uma reviravolta beneficiando o segundo colocado, Jean. Isso se os eleitores dos candidatos minoritários - Ivan Naatz, Arnaldo Zimmermann e Walmor Schiochet - derem apoio ao candidato do PSD. Há coerência: os três pregavam mudanças.
Na obra Crônicas de amor (Editora Ceres, 1986, 96 páginas)), o jornalista Ivan Ângelo, na crônica Perigos, aconselha (sobre o amor): "É preciso desaprender tudo, reaprender, surpreender." Acho que o pensamento cai como luva ao ato de votar. Nada impede que o eleitor mude o voto na última hora.
Mas isso é decisão só dele, única e exclusiva.
Deus me livre de ser rotulado de palpiteiro de plantão!
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