O último Diário Associado

O último Diário Associado


 Amigo meu , Ovílsom Santos, nascido em Joaçaba e morador de Florianópolis, investe no remexer jornais.

Principalmente a Folha de S. Paulo.

E o mais que centenário Estadão.

Não folheava faz anos.

O que me deixou pasmo (pásmico seguindo o gosto dos zen-budistas , dos ano 60, Bráulio Maria Schlegel e Vílson Nascimento, foi ler no expediente a expressão Diários Associados. E o nome do fundador do império jornalístico se encontra no alto da página: Assis Chateaubriand.

Vieram-me recordações aos montes. Afinal, minha primeira coluna diária, em 1964 (ano do fatídico golpe militar), ocorreu em A Nação, órgão dos ditos diários associados. E como cravava Lalau Ponte Preta: - Marido enganado e diários associados são sempre os últimos, a saber!

Infelizmente, todas as publicações da rede chateaubriana estavam com os dias contados. O fundador da primeira estação de televisão, a Tupi, teve a sua sua vida contada em "Chatô, o rei do Brasil", livro de Fernando Morais, filme de Guilherme Fontes (arrastou-se por n anos a produção e ele teve que devolver a grana à Embrafilme). Li e reli o volume, indispensável a jornalistas de qualquer idade, várias vezes.

Maior surpresa ainda foi à data do Estado de Minas, que tenho em mãos: 9 de dezembro de 2012.

Dizem que a leitura de jornais é efêmera: após o dia do consumo , são jogados fora ou amarelecem, acumulando poeira, em estantes de bibliotecas. Não foi o caso do exemplar que mantenho em mãos: devorei-o com o interesse e apetite que desperta uma cousa nova.

Com 68 anos de idade o diário de Belo Horizonte revela-se cheio de vida e de primorosa qualidade.

A edição dominical (diário tem que sair 7 dias na semana, não tem essa de juntar sábado e domingo) traz na capa manchetes de primeira água: Obras inéditas de Niemeyer e O mito passou por aqui - O Brasil de Gonzagão - "Por falta d´água, perdi meu gado, morreu de sede meu alazão..." O arquiteto e o compositor mereceram amplas reportagens com informações nunca dantes reveladas.

Além do caderno principal, os outros suplementos também fascinam (ouvir, ao fundo, de leve, a canção Fascinação, de Chaplin, na voz de Nat King Cole.)

Cultura, tv, degusta, bem-viver, masculino e feminino 9tocar, de leve, no fundo, Bandido com Ney Matogrosso).

Lugar certo, riqueza cristalina (nada a ver com a cidade do Segismundo, sujeira total.

Guia de Natal, gerais e superesportes.

A maioria, todas no tamanhão 57 por 31 centímetros.

Aqui tamanho é documento, com toda certeza.

A coluna que me encantou mais se chama Dicas de Português.

A autora, Dad Squarisi, tece comentários sobre a morte de Oscar Niemeyer, apontando erros de outros jornais.

Por exemplo: Qual o substantivo da família de embalsamar? Palpites não faltaram. Dois ganharam a preferência - embalsamento e embalsamamento. O primeiro vem de embalsar, derivado de balsa (jangada)., e este responde à pergunta. Encerra seu espaço, dirimindo dúvidas de um leitor - Féretro é sinônimo de funeral? -

Nãoooooooooooooooooooooooooo.

Féretro é o caixão mortuário.


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