Ela nunca foi santa
-
(Fotos: )
Antes de se consagrar como verdadeira atriz Marilyn Monroe estrelou Nunca fui santa. Mas muito antes dela outra atriz Mae West conseguiu causar escândalos, um atrás do outro, nos Estados Unidos. Foi alvo de campanhas violentas dos códigos do Hays Office que, pressionados por grupos religiosos, metiam a tesoura em todas as artes.
Muitas de suas frases ficaram para sempre:
- "Quando sou boa, sou boa. Mas quando sou má, sou melhor.
- Eu inventei a censura.
- O resto da América pode pedir vida, liberdade e felicidade. Eu fico com o spotlight.
- Sim, eu era Branca de Neve. Só que derreti.
- Garota da chapelaria: Nossa Senhora, que belos diamantes! Mae West: Nossa Senhora não teve nada com isso, querida.
- Não são os homens na minha vida que contam, e sim a vida nos meus homens.
- Suba e venha me ver um dia desses."
Mae West nasceu em Nova Iorque em 1888 e faleceu em 1988 em Hollywood. Tinha 92 anos.
Na realidade, ela não filmou muito. Fez 12 películas. E muito teatro e shows.
Na sua filmografia, destacam-se Noite após noite para ajudar a decolar a carreira de George Raft. Num filme de gângsteres, ele interpreta um guarda-costas de um poderoso chefão mafioso. E no decorrer da fita, toda vez que aparece está com uma moeda na mão, jogando-a repetidamente para o ar e amparando. Interessante observar que em Quanto mais quente, melhor ele repete o gesto. Dois músicos (Jack Lemmon e Tony Curtis) presenciam sem querer um acerto de contas em uma garagem. O chefão da gangue é o Raft. A dupla se veste de mulher para fugir dos bandidos que querem matá-los como testemunhas inconvenientes. Incorporam uma orquestra em que pontifica a loura Marilyn Monroe. A comédia é um clássico do cinema. Pode ser vista e revista n vezes que sempre deleita.
Em Uma loira para três Mae faz parceria com Cary Grant. Também em Santa não sou. Em Homem e mulher até certo ponto contracena com Rachel Welch, de Um beatle no paraíso e Legalmente loira, e com o diretor John Huston, famoso por Uma aventura na África, Moby Dick e O tesouro de Sierra Madre. Homem e Mulher até certo ponto tem a assinatura de Michael Sarne que a convite de Vera Fischer dirigiu Intimidade, no Brasil. E ela encabeçava o elenco.
A maioria das informações acima foi extraída do livrinho (livro de bolso, pocket book), da coleção Encanto Radical, de Mário Mendes (Editora Brasiliense, 1984, 112 páginas). E o título só poderia ser, é claro, Mae West.
Deixe seu comentário