A história do título do meu novo livro - Máximas do Barão de Itapuí - é assim: Há dez anos, estou ancorado feito velho navio no Garcia, rua Itapuí. Frequentava um empório e o dono certo dia saudou-me: - Bom dia, Barão de Itapuí! Seja por ironia ou não, o novo apelido pegou. Mais pessoas passaram a me achar pelo título honorífico.

Custei a engoli-lo, mas com o tempo resolvi assumi-lo. Tanto que num ponto de ônibus, tinha a companhia de um garoto de mais ou menos dez anos, indo para a escola. Decidi provocá-lo. - Moras nesta rua? Diante do sim, perguntei se ele conhecia o Barão de Itapuí. Disse que ali não havia nenhum Barão.

Afirmei  então: - Eu sou o Barão de Itapuí e moro naquela casa (dava pra ver) com dois pés de ipê amarelo cheio de flores. Caiu na brincadeira. Vendo três amiguinhos jogando clica na calçada em frente, chamou-os: - Este aqui é o Barão de Itapuí!

Já disse várias vezes que não me considero escritor e sim jornalista, com 53 anos de trabalho ininterrupto. Mas, a convite, acabei escrevendo quatro obras. Só este, o quinto, nasceu por iniciativa própria. Revendo nas minhas pastas de arquivo de recortes de colunas, percebi que tinha material mais que suficiente para uma nova obra. Cheguei ao quinto livro porque não quero passar pelo vexame que um escritor passou. Ao morrer, saiu um registro nos jornais: Fulano de tal tem sua obra completa resumida num livro só.

Resolvi  intitulá-lo: Bichos, gente e coisas. E pedi à escritora Terezinha de Jesus Manczak que o incluísse no concurso do Fundo Municipal de Apoio à Cultura da Fundação Cultural de Blumenau. Aprovado o texto, a minha coordenadora editorial Terezinha achou um tanto simples, Bichos, gente e coisas. Ao saber do novo apelido, batizou a obra de Máximas do Barão de Itapuí, que reune crônicas espalhadas por 'n' jornais a partir de 1982 até nossos dias.

Aproveito este espaço para agradecimentos especiais:

- Terezinha Manczak, pela ilimitada atenção a todo o processo de edição;

- Sandro Spergort, pela diagramação e arte final e sua esposa, Giselle, pela foto da orelha do livro;

- Valério Alves pelo desenho da capa;

- Nane Pereira, assessora de imprensa, pelo belíssimo e terno relise. Ela escreve tão bem que deveria estar assinando crônicas em jornais;

- Soila, da Mono  Produções Culturais, prestadora de contas;

- Editora e Gráfica 3 de Maio, pela excelente impressão e ao

Luís Henrique Silveira, pela digitalização e palpites iniciais na formatação do livro.

Não esquecendo os futuros leitores, na esperança de que apreciem a obra.

O lançamento ocorrerá dia 26, às 19 horas, na Biblioteca Municipal Fritz Müller.