Presidenciável do Partido Novo declarou possuir patrimônio de R$ 425 milhões

Doze candidatos à presidência da República somam R$ 834 milhões em patrimônio. Essa é a soma declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disponível para consulta online no Sistema de Divulgação de Candidaturas. Cabo Daciolo, do Patriota, foi o único a não declarar nenhum bem. O candidato com maior patrimônio é João Amoêdo, do Partido Novo, que diz possuir R$ 425 milhões, ou seja, mais que a soma de todos os demais presidenciáveis. O segundo colocado é o ex-ministro Henrique Meirelles, do MDB, com patrimônio de R$ 377 milhões. Já o candidato com o menor patrimônio é Guilherme Boulos, do PSOL, que informou possuir R$ 15,4 mil, seguido de Vera Lúcia, do PSTU, com R$ 20 mil.

A expectativa maior estava em torno da declarção de patrimônio do candidato do PT, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que tem a sua candidatura questionada na justiça por ter sido denunciado, condenado e hoje cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro em um dos processos da Lava Jato. Lula declarou possuir patrimônio de R$ 8 milhões, bem mais que os R$ 2,3 milhões declarados pelo seu principal adversário na disputa eleitoral, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). Ciro Gomes, do PDT,  declarou possuir patrimônio de R$ 1,7 milhão e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, diz ter  R$ 1,4 milhão em bens.

Coincidência ou não, os dois presidenciáveis com maior patrimônio construíram carreira profissional na área financeira. João Amoêdo, de 55 anos, estreante na política, é formado em Engenharia Civil e Administração de Empresas, porém, acumulou riqueza como diretor executivo do Banco BBA Creditanstalt, presidente da Finaústria CFI, vice-presidente e membro do Conselho de Administração do Unibanco e integrante do Conselho de Administração do Banco Itaú BBA e do Conselho de Administração da empresa João Fortes Engenharia. Amoêdo afirmou recentemente em entrevista que a riqueza é um indicativo de competência do candidato. Ele também revelou que a maior parte do seu patrimônio - R$ 217 milhões - está  investido em aplicações de renda fixa como CDBs, consideradas de baixo risco. Sua carteira de investimentos também inclui aplicações mais arriscadas: 55 milhões de reais em fundos de investimento como FIDCs e fundos de ações.

Antes de entrar para a política e ser ministro da Economia do Governo Temer, o economista Henrique Meirelles construiu sólida carreira no mercado internacional, quando presidiu o Banco de Boston, a partir de 1984. O candidato do MDB diz possuir a maior parte do seu patrimônio - R$ 283 milhões - em ações. Outros R$ 58 milhões estão aplicados em fundos de longo prazo e FIDCs, R$ 60 mil em outros fundos e R$ 223 mil em aplicações de renda fixa.  (Com informações da EBC/Agência Brasil).