Associação de Oficiais Militares critica proposta do Governador Jorginho Mello
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(Fotos: FOTO DIVULGAÇÃO )
Governador quer criar lei que permita aos policiais fazer "bico" em seus horários de folga
A Associação de Oficiais Militares do Estado (Acors) criticou a proposta do governador Jorginho Mello de enviar à Assembleia Legislativa um projeto de lei autorizando os praças a atuarem, em seus horários de folga, como vigilantes nas escolas estaduais. Em nota, a entidade afirmou que chamado "bico oficial" possibilita que os militares extrapolem seu período de trabalho, levando as corporações à sobrecarga, de modo a acarretar outros problemas causados pela privação do descanso. "Este ônus pode impactar no cumprimento da atividade fim das corporações, que é garantir a segurança de todos os cidadãos", reforça a Acors.
O governador apresentou a proposta durante a prestação de contas dos seis primeiros meses do governo e ainda é consequência do ocorrido na creche de Blumenau que vitimou quatro crianças em abril deste ano. "Nós vamos possibilitar que o policial, quando estiver de folga, possa ir para a escola, é um bico legal, trabalho nobre. Ele vai poder trabalhar com tranquilidade, preenchendo a carga horária e sendo remunerado para isso", afirmou Mello.
Na nota, a Acors diz entender o caráter emergencial imposto diante de fatos recentes que desencadearam a medida, mas também alerta que é necessário considerar outras alternativas para que não haja prejuízos futuros, tanto para as corporações e o estado, quanto para a sociedade. A entidade também se colocou à disposição do governo do estado para auxiliar nos estudos que estão sendo realizados pela Polícia Militar sobre o tema e buscar soluções que garantam a segurança nas escolas, buscando caminhos para a resolução do problema sem comprometer a saúde dos profissionais da segurança pública e sem desguarnecer a sociedade de um serviço extremamente necessário às comunidades, que é a segurança pública.
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