Fujo de mim
como um estranho perdido
que, nas noites de luar,
esconde-se por alguns instantes.
 

Não sinto o sentir das folhas
caídas sobre a relva macia
para transpor os passados
como um mero esquecido.
 

O que sou?
Pergunto calado.
Não sei, responde-me o intelecto
És algo que só mesmo tu
podes revelar de concreto.
 

Sou a vida,
sou a roda,
sou o caminho perdido
ou sou o que realmente sou?


Não me pergunto quem sou
me pergunto o que sou
assim talvez eu consiga
abafar a grande angústia
que paira dentro de mim.
 
 
JC BRIDON