Silêncio quebrado
Por estalidos de galhos
Sendo partidos de suas árvores
Que também se vêm tolhidas
De suas folhas e frutos.


Animais choram 
E ninguém parece ouvir seus gemidos
Que ecoam tristes através da floresta
Que aos poucos desaparece
Consumida pelas chamas intermináveis.


Homens se escondem em seus problemas
Não evitam o desaparecimento
E o enfraquecimento do pulmão do mundo
Pois o poder parece lhes cegar os princípios.


Olhos voltados aos céus
Pedindo ajuda e 
Implorando que águas intermináveis
Encharquem e enxaguem 
Parece ser a única salvação
De algo que vai sendo consumido
Perante os olhos do mundo.


Quão pouca é a preocupação dos que detém o poder
Para solucionar os problemas
E tentar vencer o triste fim
Daquela que faz pulsar o mundo
Dando-lhe vida própria e interminável.