Violência contra a mulher em pauta
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Com medo e vergonha, alguma smulheres deram o depoimento protegidas por máscaras (Fotos: Divulgação)
Unifebe exibe documentário brasileiro sobre o tema
O curso de Publicidade e Propaganda da Unifebe, em Brusque, reabre nesta semana as sessões do Cineclube Aura e o tema da primeira exibição de 2017 não poderia ser mais atual e pertinente: a violência contra a mulher. Nesta quinta-feira (20), às 19h, o público poderá assistir, gratuitamente, ao documentário brasileiro "Precisamos falar do Assédio". A exibição acontece no auditório do Bloco C e será realizada também no sábado (22), às 9h. As sessões são abertas ao público em geral.
Segundo o coordenador do curso, Rafael Zen, o assunto merece atenção pois é uma das pautas públicas mais urgentes da atualidade. "Precisamos falar sobre a questão do assédio às mulheres. Do Big Brother às páginas de Facebook, perpassando os movimentos sociais e as marchas pró-feminismo, a discussão torna-se urgente quando se ouve centenas de relatos sobre a condição feminina e os resquícios grosseiros da cultura do patriarcado", afirma.
Experimento social
O filme, dirigido por Paula Sacchetta e gravado em 2016, é resultado de um experimento social onde, durante a semana da mulher, uma van-estúdio parou em nove locais em São Paulo e no Rio de Janeiro para coletar depoimentos de mulheres que já foram vítimas de algum tipo de assédio. Ao todo, foram 140 relatos de mulheres de 15 a 84 anos, de zonas nobres ou periferias das duas cidades, que nada têm em comum além de terem sofrido alguma violência.
"O filme ainda não está em circuito comercial, conseguimos acesso a ele via contato direto com a produtora Mira Filmes. Assim, as sessões são uma oportunidade de discutirmos um tema tão essencial ao bem-estar de nossa comunidade, além de permitir o acesso a materiais cinematográficos que geralmente nossos alunos e comunidade em geral não teriam acesso. Desta forma, é uma proposta tanto social quanto cultural que, tenho certeza, vai mexer com mente e coração dos participantes", afirma o coordenador. Entre as histórias coletadas para o documentário, estão desde cantadas feitas por desconhecidos no transporte público ou na rua, até estupros cometidos por parentes e dentro da própria casa.
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