O 'Novo Equilíbrio' que unir pais e filhos em uma escolinha de trânsito

Antes de a bicicleta virar febre entre os adultos neste século, uma turma bem mais jovem ja curtia o veículo de duas rodas. Um dos primeiros brinquedos que os pais dão para os filhos é justamente uma bicicleta, um triciclo ou algo semelhante. Agora, um projeto inédito no Vale do Itajaí pretende usar a bicicleta para unir lazer, família e educação no trânsito. Com o sugestivo nome de "Novo Equilíbrio", a iniciativa quer pais e filhos integrados em uma escolinha de trânsito móvel.

A iniciativa é do grupo Vale Boa Ventura, criado pelo ciclista Valmor Vargas, morador de Gaspar, com a proposta de popularizar encontros de aventura, em especial o ciclismo e cicloturismo na região, porém, como ele mesmo explica a Vale Boa Ventura avançou para outras áreas, como a da educação no trânsito. "Dá para ensinar as crianças - de 2 a 5 anos - a andar de bicicleta, ao mesmo tempo em que as educamos e as conscientizamos para uma conduta correta no trânsito", argumenta.

O Novo Equilíbrio tem como modelo a bem sucedida iniciativa implantada na empresa Tupi, em Joinville, no norte do Estado. Lá, o projeto chama-se "Rodinhas nunca mais", que ensina a criança a pedalar ao invés de simplesmente colocar rodas extras na bicicleta. A escolinha de trânsito móvel é um espaço educativo projetado para proporcionar um ambiente lúdico às crianças, caracterizada com situações pertinentes ao convívio no trânsito e as principais dificuldades enfrentadas pelos pedestres, ciclistas e passageiros. As crianças trafegam em um circuito com faixas de pedestres, cruzamentos, placas de sinalização, semáforos, lombadas e outros elementos comuns às ruas.

Apoio
Vargas não visa lucro com o projeto, mas precisa de apoio financeiro aa inicativa privada para implantá-lo em Gaspar. A apresentação à comunidade aconteceu no  mês de fevereiro, durante a SC Bike Fest, realizada no Distrito Belchio.

Segundo Vargas, a receptividade à iniciativa foi muito boa. Por se tratar de uma escolinha de trânsito móvel, é possível levar o projeto para diversos locais, inclusive para as escolas de Gaspar. O investimento, de acordo com o ciclista, será na compra dos equipamentos - minisemáforos, minilombada, cones, placas de sinalização, faixas de pedestres, além dos equipamentos de segurança individual. "Existe uma empresa, no Rio Grande do Sul, especializada na montagem destes minicircuitos de bike, é a mesma que implantou o projeto na Tupi", explica Vargas. 

As bicicletas também são especiais para este tipo de projeto, feitas em madeira. Vargas argumenta que este tipo de projeto dá uma boa visibilidade para as empresas que apoiam, porque está relacionado com educação e formação de pessoas mais conscientes e cidadãs. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (47) 99172-0749.