O curioso caso da 'Árvore da Vida
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Folhas e flores brotaram nas pontas do galho seco (Fotos: Kássia Dalmagro/Jornal Metas)
Sem terra e água, o galho seco deu folhas e flores em uma loja do bairro Sete
Homenagear as mulheres que enfrentam um câncer e formar uma grande corrente com o próposito da cura. Este foi o objetivo de Lucinéia Thomé Pereira, a Néia, ao montar em sua loja, no bairro Sete de Setembro, a "Árvore da Vida". A iniciativa, colocada em prática há quase dois meses, foi uma forma do estabelecimento aderir à campanha "Outubro Rosa" e o resultado foi surpreendente e intrigante. Dos galhos secos, brotaram folhas e flores de Jasmin Manga - sem terra, água ou adubo.
Conforme explica Néia, ela pegou um galho seco de uma árvore plantada no terreno de uma casa próxima à loja e ele foi colocado em um vaso, apenas com pedra brita. Os galhos foram pintados com tinta branca e decorados com flores artificiais de cerejeira - símbolo da renovação, amor, felicidade e esperança. Para montar a árvore, Neía contou com a ajuda do marido, Giovane Pereira, e da amiga Carla Floriani. "Nossa ideia era deixar a árvore dentro da loja para que nossas clientes pendurassem nos galhos bilhetes com os nomes de amigos ou familiares que estavam com problemas de saúde", afirma. Uma semana depois a árvore estava repleta de bilhetinhos e, após 15 dias, o "milagre" aconteceu.
"Primeiro apareceram as folhas verdes e, depois, as flores amarelas. Até hoje, nem água demos para árvore", garante Néia. E, mesmo assim, a árvore continua viva. "Não estamos regando a planta pois se Deus permitiu que ela brotasse sem terra e água ela vai viver até quando ele quiser", emociona-se. Para Néia, o galho seco ter agora folhas e flores foi um milagre divino. "Acredito que isto aconteceu devido à fé das pessoas, ao amor e ao carinho delas pelos nomes pendurados na árvore. Não há outra explicação". Néia garante que muitas clientes a procuram para comentar que entes queridos haviam se recuperado. "Foi isto que mais me impressinou: as boas notícias. Só quem perde alguém de câncer sabe o quanto isto é dolorido", afirma a empresária, que perdeu o pai em janeiro.
Hoje, são mais de cem nomes pendurados na árvore, que se tornou uma atração na loja. "Muitas pessoas ficaram sabendo do que aconteceu e vieram até a loja, para ver se era verdade", revela.
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