Miss Tattoo é gasparense
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A gasparense Grazi Buba ganhou o título durante concurso realizado em Blumenau (Fotos: Jessica Baltezan/Divulgação)
Grazi Buba venceu concurso em Blumenau
Graziela dos Anjos, 30 anos, mostrou toda sua atitude e conquistou o título de Miss Tattoo 2018. A moradora do bairro Bela Vista ganhou o título após vencer, no dia 16 de junho, o concurso realizado durante a segunda edição do Art Day Tattoo Convention. Ao todo, 10 candidatas participaram da disputa e elas tinham 1min10s para impressionar os jurados. "Eu queria impactar, fazer algo diferente durante a minha performance. Para isso, escolhi a música É o poder, da rapper Karol Conka, e entrei tocando bandolim, já que no início a canção tinha uma pegada de samba", afirma Graziela, ou Grazi Buba, como é conhecida nas redes sociais. A estratégia da gasparense deu certo. "Eu estava concorrendo com algumas candidatas que já tinham títulos, mesmo assim eu estava confiante e deu tudo certo", comemora.
Grazi tem mais de 20 tatuagens pelo corpo - ela até já perdeu a conta - e todas elas tem relação com algum fato de sua vida. A gasparense, que hoje trabalha como body piercing em um estúdio no bairro Bela Vista, conta que fez a primeira tatuagem quando tinha 21 anos. "Tatuei uma frase na nuca, em homenagem a minhã mãe, que havia falecido há alguns anos. Lembro de dizer que nunca mais faria uma tatuagem, pois tinha doído muito", recorda-se. Mas, depois de um ano, Grazi voltou a tatuar a pele. "Eu achava que a frase estava um pouco perdida e fiz mais uma tattoo. Depois disso, nunca parei", diz. Hoje, os desenhos estão distribuídos em várias partes do corpo da gasparense, que já planeja novas tatuagens.
Grazi admite que sofre preconceito devido às tattoos, mas diz não se deixar abater. "Imagina ser negra e tatuada? É claro que eu sofro preconceito e um dos objetivos dos concursos é exatamente este: mudar este pensamento. As pessoas podem não gostar e não achar bonito, mas precisam respeitar quem se tatua. Afinal, cada um é livre para fazer o que quer com sua pele", defende. Para Grazi, é possível ser feminina mesmo sendo tatuada. "É só uma questão de atitude",
Desafios
Agora a gasparense já está focada nos novos desafios. Em julho ela participa de um concurso em Barra Velha e, em agosto, em Florianópolis. "Em setembro, a convite da organização, irei disputar um concurso que será realizado durante a convenção internacional de tatuagem itinerante. Este é um dos maiores eventos do setor e irá acontecer no Beto Carrero World, em Penha".
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