Intenção do projeto é economizar água e energia elétrica
Desde o fim de outubro, começaram a funcionar no Colégio Madre Francisca Lampel, no Centro de Gaspar, duas cisternas para a captação e armazenamento da água da chuva. A iniciativa é dos alunos dos nonos anos do ensino fundamental, coordenado pelas professoras de matemática, Pricila Aparecida Sabel Erthal, e de física, Cátia Cilene Voss Dolberth. Conforme explicam as orientadoras, o trabalho faz parte do "Eu Sou +" - um projeto desenvolvido no colégio há 10 anos. "O tema de cada edição é sempre o mesmo da Campanha da Fraternidade", afirma a professora Pricila. Por isso, o trabalho recebeu o nome de "Casa Comum e a Água na Nossa Vida". "Pensamos em algo que fosse comum para toda a comunidade escolar e tivemos a ideia das cisternas, para gerar economia ao colégio", explica.
Cada cisterna tem capacidade para aproximadamente 190 litros de água cada e foi construída com materiais recicláveis e simples, como bombonas, sacos plásticos, tubos, torneiras, entre outros. A técnica - milenar - consiste em captar a água da chuva que desce pelas calhas do telhado. Essa água fica armazenada nas bombonas e existe um canal extravasor que joga a água em excesso para a rede de esgoto. Ela foi montada com o auxílio do engenheiro civil Maiko Dolberth, que ajudou os estudantes voluntariamente. A água armazenada nas cisternas, conforme explica a professora Cátia, está sendo utilizada para a limpeza da escola e também para regar as plantas dos jardins. "Além de economizarmos água, as cisternas também representam uma economia de energia elétrica, já que o colégio possui um poço artesiano", ressalta.
Protótipo
A professora afirma que antes de ser colocado em prática no Madre Lampel, um protótipo do projeto foi desenvolvido em uma residência. "Nesta casa, levando em consideração três meses de uso da cisterna, a economia foi de aproximadamente R$50,00 por mês na conta de distribuição de água", garante. Cátia afirma que a intenção é propagar a iniciativa não só com os alunos do colégio, mas com toda a comunidade gasparense. "Por isso, se alguém tiver interesse na ideia é só nos procurar que disponibilizaremos o projeto".
Os alunos começaram a trabalhar na iniciativa em abril e até uma viagem a Apiúna, para conhecer a Usina Salto Pilão, fez parte das atividades. Na segunda-feira (7), o projeto foi apresentado a todos os estudantes do colégio, professores, funcionários e direção. "Achei muito interessante fazer parte deste trabalho. A economia que gera é bastante significativa e a iniciativa deveria ser seguida por todos", afirma a aluna Nicole Barbieri Alves, de 14 anos, que também pretende instalar uma cisterna em sua residência.
Deixe seu comentário