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O ex-prefeito Celso Zuchi não pretende sair da cena política tão cedo. Ele foi nomeado assessor de gabinete do deputado federal e seu amigo pessoal Décio Neri Lima (PT). A ideia, segundo se fala, é que Lima estaria formando um gabinete macroregional em Santa Catarina visando uma possível candidatura ao Senado em 2018. Além de Zuchi, os ex-prefeitos Carlito Merss, de Joinville, e Sandro Maciel, de Araranguá, além de Fabio Brezola, candidato a vereador pelo PT em Criciúma também aterrisaram no gabinete do deputado petista. Se Décio for ao Senado, Zuchi poderia ser a bola da vez do PT para uma candidatura a deputado federal aqui pela região. Vamos aguardar os próximos passos.

Corrigindo

O ex-prefeito de Pomerode, Rolf Nicolodéli, assumiu o cargo de gerente regional do IPREV-SC, no dia 1º de fevereiro. Por isso, a informação dada na coluna anterior de que o ex-candidato a prefeito Marcelo Brick (PSD) estaria reticente em aceitar o cargo é equivocada. Logo se conclui que as coisas ficaram ainda mais difíceis para o ex-vereador de Gaspar que, no momento, precisa de um cargo no governo que lhe dê visibilidade para seguir na cena política até as próximas eleições e pensar numa candidatura a deputado. O cargo máximo da ADR, no entanto, o de secretário, não dá porque ele está nas mãos do deputado estadual Ismael dos Santos (PSD), que colocou lá o seu apadrinhado Emerson Antunes, e jamais abriria mão para um apadrinhado de Jean Kuhlmann (PSD). 

Sucupira

Quando se assistia aos hilários capítulos da festejada novela O Bem Amado (levada ao ar no começo dos anos 1970, a primeira novela em cores da TV brasileira, depois reprisada e teve até versão em seriado e filme), não se imaginava que no futuro, agora presente, pudéssemos viver situação meio parecida. No O Bem Amado, o folclórico Odorico Paraguaçu, prefeito afeito aos moldes do coronelismo nordestino, passou parte da trama tentando inaugurar o cemitério que construíra com enorme dedicação, sua principal obra. Certamente pelo modo como gerenciava a coisa pública. Chamo a atenção para a obra festejada de Dias Gomes, para a realidade gasparense com a ponte Prefeito Dorval Rodolfo Pamplona.

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Mais de 40 anos depois da exibição do folhetim de Dias Gomes, nos vimos diante de caso parecido, a tal ponte inaugurada sem estar totalmente concluída. Evidente que não alcançou o desespero de Odorico que fazia de tudo para arranjar um defunto, a ponto de contratar o malvado Zeca Diabo para conseguir seu intento. No caso da Ponte do Vale, não se pode colocar nas mesmas dimensões. Ocorre que a trama novelesca era mera produção de ficção, movida pelo ideário das tantas histórias contadas no Brasil, o caso de Gaspar é verdadeiro. Isto é uma pena. Acho até que a intervenção do Ministério Público poderia ter sido antecipada, evitando a inauguração em dezembro, já que o ato se desenhara como mero capricho de fim de mandato. Há que se considerar oportunas as decisões da administração atual que mesmo a contra-gosto de parte da população resolveu fazer o que a lei manda (lei do próprio ex-prefeito Celso Zuchi), de não liberar obra inacabada e do MP que determinou a retirada das placas promocionais, que fere principio constitucional da impessoalidade.

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O caso da justificativa da placa com destaque ao ex-prefeito Zuchi, o fato de alegar que não fora pago com recursos públicos, mas numa ação familiar e de amigos, me parece ficou pior. Uma vez que mesmo sendo coisa particular, não poderia ser fixada num bem público. Portanto, não se discute a decisão do MP diante deste caso, porque certamente foi feita no intuito de garantir a defesa do bem público, tendo em vista a importância de cobrar dos gestores que cumpram a Lei. Porém, mais uma vez quem está sendo penalizada é a população e principalmernte os gasparenses, que já esperaram muito e não merecem ter que pagar por isso. Só para comparar: a Ponte de Ilhota, que também não tem acessos adequados, até o momento não se tem registros de acidentes e está funcionando perfeitamente, não tem um guardrail seguro, tanto é que uma mulher já pulou dela e pior: não tem sequer iluminação. Se o problema é a segurança, então teria que fechar.