As duas notas publicadas na coluna anterior, por este interino (o titular, Beto Deschamps, está afastado para tratamento de saúde), com título "Melato no Aliança pelo Brasil?", deram pano pra manga. Então, vamos lá, esclarecer. Em primeiro lugar é bom que se diga que o partido ainda nem existe no âmbito nacional e já tá gerando polêmica aqui na aldeia. Para que o Aliança pelo Brasil se torne, de fato, um partido e dispute as eleições de outubro será preciso cumprir uma série de pré-requisitos e o tempo é curtissímo. Por isso, os simpatizantes e futuros filiados do Aliança estão numa verdadeira cruzada para obter registro no Tribunal de Justiça Eleitoral. A legislação exige o apoio de eleitores responsáveis por, pelo menos, 0,5% dos votos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados - o que perfaz o total de 492 mil rubricas. Além disso, é necessário ter o aval de, no mínimo, 0,1% do eleitorado em nove estados. O critério de 0,5% dos votos ainda falta ser preenchido, mas o de 0,1% do eleitorado em nove estados foi atingido com as 110 mil assinaturas recolhidas, garante a comissão nacional. A meta é ir a campo para buscar as 388 mil assinaturas restantes.
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O grupo se concentrou na Avenida das Comunidades / Foto: Divulgação/
Os simpatizantes do Aliança iniciaram, nesta semana, uma campanha nacional para buscar as assinaturas. Em Gaspar, a ação aconteceu nesta terça-feira (14) em frente ao Posto Julinho, na Avenida das Comunidades. Quem liderou o grupo foi Tatiana Cândido Eufrazio. Ela se diz representante oficial do Aliança em Gaspar. "Faço parte do Movimento Nacional", acentuou. Além de buscar o apoio da população, Tatiane e o grupo aproveitaram para esclarecer a população sobre os objetivos do futuro partido que o presidente Jair Bolsonaro quer criar.
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Nas notas, publicada na coluna, fiz referência a uma conversa que tive com o vereador licenciado e presidente do Samae, José Hilário Melato, atualmente filiado ao PP, sobre um convite que teria recebido de lideranças regionais para coordenar a formação do Aliança em Gaspar, podendo, inclusive, encabeçar uma chapa majoritária nas eleições municipais. Tatiane Cândido Eufrázio diz que essa informação não procede, que o partido só tem um comando: o do seu grupo, que está diretamente em contato com a coordenação regional. Ela estranhou as notas publicadas. "Não procede, acredito que ele (Melato) está negociando com outras pessoas, desautorizadas pelo comando do Movimento Nacional do Aliança", afirmou. O coordenador regional do Aliança, professor Rodrigo Hahne, reitere a afirmação e vai mais além: "seria incoerente estarmos falando em chapa majoritária para a prefeitura de Gaspar se o partido sequer foi criado". Dessa maneira, fica a dúvida se o tal Aliança pelo Brasil, que ainda nem saiu do ovo, já vai nascer gerando polêmica. A coluna tentou contato com o vereador licenciado, José Melato, mas até o fechamento ele não havia retornado as nossas ligações.
Qual é a sua, deputado?
Não entendi mais essa do deputado estadual Jessé Lopes (PSL). "Assédio massageia o ego". Só se for pra ele. Ninguém gosta de ser importunado por quem não o atrai. As pessoas gostam de paquerar e serem paqueradas, agora por alguém que as interessa, que lhes chama atenção, caso contrário não passa da troca de olhares. O deputado ainda escreveu, de maneira deselegante, em sua rede social: "Parece até inveja de mulheres frustradas por não serem assediadas nem em frente a uma construção civil". O deputado Jessé, que é até jovem, deve frequentar outros lugares, onde os assediadores tem vez. O deputado, porém, se defende atacando as feministas para quem, segundo ele, namoro, paquera, cantadas viraram "assédio". "As feministas e esquerdistas são as primeiras a elogiar políticas de desencarceramento que garantem passe livre a estupradores e aos verdadeiros assediadores", disparou o parlamentar. Toda a polêmcia é porque o deputado é contra a campanha de carnaval do Coletivo Feminista, que vai patrocinar tatuagens com a expressão "Não é Não". Sugestão: o deputado poderia mandar tatuar na sua testa outra campanha: "Não é sim. Insista!".
E-título
Em toda Santa Catarina, mais de 390 mil eleitores já baixaram o e-Título documento digital que substitui o título de eleitor e dispensa a impressão de uma segunda via. O eleitor terá informações como dados da sua Zona Eleitoral e a situação cadastral em tempo real. O aplicativo pode ser baixado por usuários de iPhone (iOS smartphones (Android e tablets. Até segunda-feira (13) eram 392.980 eleitores catarinenses com o aplicativo no celular. Desse total, 360.280 já fizeram o cadastramento biométrico. Os dados são atualizados diariamente. Em todo o país, 12.057.655 eleitores já possuem o e-Título.O aplicativo também permite ao eleitor emitir a certidão de quitação eleitoral além da certidão de crimes eleitorais por meio da ferramenta digital QR Code, o que possibilita a leitura pelo próprio celular. Para o eleitor que já tiver feito o cadastramento biométrico (cadastro das impressões digitais) na Justiça Eleitoral, o e-Título virá acompanhado da foto dele, o que facilitará a identificação na hora do voto. Caso o eleitor ainda não tenha feito o cadastramento biométrico, o aplicativo será baixado sem a foto. Nesse caso, o eleitor será obrigado a levar outro documento oficial com foto para se identificar ao mesário durante a votação.
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