Com o retorno dos trabalhos legislativos, e consequentemente das reuniões das comissões permanentes da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, os deputados terão que analisar 593 matérias que estão em pauta. O número não leva em conta as proposições protocoladas durante o recesso parlamentar, isso porque, para entrar em tramitação, qualquer matéria precisa ser lida no expediente das sessões ordinárias, que serão retomadas nesta quarta-feira (7).  Em 2017, a Assembleia Legislativa encerrou a tramitação de 568 matérias, entre aprovações em plenário e arquivamento de proposições pelas comissões permanentes da Casa. O destaque ficou para os vetos: dos 98 que aguardavam apreciação, 94 foram deliberados em plenário e apenas quatro seguem em tramitação. A análise dos projetos em tramitação e daqueles que ainda serão protocolizados na Assembleia depende da formação das comissões permanentes. A expectativa é que esse processo seja concluído até o dia 20 deste mês. 

O prédio
O novo presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Aldo Schneider (MDB), já assume com um "abacaxi pra descascar".  O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) já está de posse dos novos documentos referentes a compra, pela Alesc, de imóvel na região central da Capital. Os documentos foram entregues pelo Chefe de Gabinete da Presidência da ALESC, Jonianderson Menezes, ao Procurador-Geral de Justiça em exercício, Fábio de Souza Trajano. Os documentos serão encaminhados para análise da Promotora de Justiça Darci Blatt, titular da 26ª Promotoria de Justiça da Capital, que desde outubro de 2017 vem acompanhando todo o processo de compra do prédio que custou a bagatela de R$ 83 milhões. O inquérito civil nº 06.2017.00006221-9 foi instaurado de ofício no dia 9 de outubro de 2017 para apurar possíveis irregularidades na aquisição do imóvel. 

Dida se explica
O prefeito Erico de OIiveira, o Dida, retornou ontem para a Ilhota. Antes, usou a sua página na internet para tentar explicar os dois áudios que vazaram no aplicativo whatsApp. Dida afirma que existem dois princípios em sua administração: "o primeiro deles é o respeito no trato com as Pessoas que precisam do apoio da administração pública. O segundo é o cuidado extremo com o uso correto e legítimo dos recursos públicos no atendimento das necessidades do nosso Povo". Reforça que todos devem seguir esses princípios. Afirma, ainda, que não cabe ao prefeito acusar publicamente ninguém por crimes contra a administração pública e que, diante de uma suspeita, as autoridades competentes devem ser informadas, "mas é muito fácil ser induzido ao erro de acusar injustamente pessoas inocentes. "Com a força da internet, criou-se um ambiente propício e perigoso para esse tipo de injustiça. Por isso, nesta Administração, sempre que houver a suspeita de algo errado, iremos averiguar com muito cuidado e sem alardes. Quando a suspeita se mostrar consistente, ela será imediatamente informada às autoridades competentes, para que tudo seja esclarecido de forma legítima e com o devido respeito ao contraditória e à ampla defesa". Finalizou a nota, dizendo que para quem em insiste em atacar o seu governo, os resultados estão aí para quem quiser ver. A carta, na íntegra, está no site do Jornal Metas. O prefeito já começou a mudar na saúde:  exonerou a atual secretária. Jocelene da Silveira.

Oposição se articula

Os áudios do prefeito Dida, que circularam no final da semana passada ainda continuam repercutindo muito. A oposição, que não dorme no ponto, vendo que o prefeito começa a ficar isolado está se articulando. E a notícia que vem de lá é que um novo PP (Partido Progressista) está surgindo em Ilhota. Ele será formado por líderes do PSD, PSDB e PDT e, quem sabe, até do MDB. O lançamento oficial do "novo" PP ainda não tem data oficial, mas as negociações continuam. O ex-prefeito Daniel Bosi (PSD), o seu ex vice-prefeito, Lauri Junior (PSDB), e o ex-prefeito Roberto da Silva, o Betinho, são alguns nomes que estão caminhando para o PP ilhotense. O PP é um partido de fortes raízes em Ilhota e quer renascer, principalmente neste momento de crise do outro lado. Nos bastidores, o partido já procura nomes para as eleições deste ano e para prefeito, em 2020.  

Renúncia
O ex-prefeito Ademar Felisky já pegou o boné. No início da semana, entregou ofício onde comunica a sua renúncia da função de delegado do Diretório do MDB de Ilhota. A decisão foi tomada depois dele ouvir o áudio do prefeito Dida. Felisky nunca escondeu sua simpatia pelo Dr. Lucas como candidato a prefeito nas últimas eleições, porém, foi voto vencido, e acabou trabalhando pela eleição de Dida. Também deve estar se sentindo parte da "Turma do Lucas", como mencionou Dida no áudio.