As eleições são um teste à capacidade dos brasileiros de se dividirem e, após 30 de outubro, se unirem novamente em torno do Projeto Brasil. Um experimento para a maturidade da democracia e da individualidade de cada um defender bandeiras distintas, mas pensar no todo, no país como nação. É preciso ter a civilidade, independentemente de quem sairá vencedor. Estamos abrindo a oportunidade de rediscutirmos modelos sociais, econômicos e políticos ultrapassados. Requentarmos velhas pautas e realimentarmos o sistema governamental com novos atores. A escolha cabe à sociedade, mas acima de tudo é preciso abrir espaço para o contraditório, de fato discutir o Brasil e não o Brasil que cada um enxerga para si.
A campanha eleitoral nos mostra claramente que as pessoas precisam ir mais fundo nas suas escolhas, e ainda hão de decidir, no segundo turno, se o melhor é defender interesses próprios, individuais, ou se o voto é pelo bem coletivo, em programas, projetos e ações que podem atender a um número maior de pessoas, reduzirmos os abismos e dar de comer a quem hoje tem fome. Um diálogo transparente com a sua consciência, com seu íntimo, numa escolha baseada nos princípios morais e éticos de cada um. Talvez, seja esse o grande desafio na reta final desta eleição, afinal, existe liberdade de escolha e até podemos não aceitar nenhum, mas até neste ponto de vista é preciso ter convicção de que essa é a melhor decisão. O ódio cega, nos torna reféns de nós mesmos e das nossas frustrações.
Deixe seu comentário