Nove anos se passaram. As marcas se mantém tão visíveis quanto a longa estrada que ainda é preciso percorrer para garantir segurança aos moradores do Vale do Itajaí. O desastre climático de novembro de 2008 deixou lacunas e cicatrizes na vida de milhares de pessoas, mas também deixou licões que precisam ser assimiladas e tomadas como base para a construção de um futuro melhor.
Difícil é prever se vamos novamente enfrentar um desastre climático semelhante ao de 2008, mas é a partir dessa incerteza que o Estado e os cidadãos devem montar um plano estratégico para minimizar os efeitos de um novo evento climático, pois impedi-lo é impossível. Afinal, vivemos numa imensa área de risco, cortada por um rio que vez por outra se agiganta e cobre ruas e casas, mas a ameaça maior vem dos morros, hoje bem mais frágeis que há nove anos.
Prevenir é um desafio que exige muita mais que capacidade técnica. Exige, acima de tudo, a vontade das pessoas em querer melhorar e preservar o ambiente onde vivem, por meio de atitudes simples, mas que somadas poderão contribuir de maneira decisiva para reduzir os impactos de um evento climático.
Já dos governos exige-se, no mínimo, investimentos adequados à importância econômica da região do Vale do Itajaí. É bem verdade que passamos por um momento econômico turbulento, porém, a natureza não espera. Ela é impiedosa com quem a agride.
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