O governo Michel Temer continua dando sinais de que vai tentar reduzir o déficit orçamentário da União metendo novamente a mão no bolso dos trabalhadores. Esse é o caminho mais fácil quando se tem uma enorme dívida política, como é o caso deste governo-tampão. Depois de enfiar goela abaixo da sociedade uma Reforma Trabalhista que enfraquece sindicatos e coloca patrão e empregado em negociação individual, com ampla vantagem para quem tem o poder econômico e a caneta na mão, e de aumentar o imposto sobre os combustíveis, o próximo passo é mexer nos salários de 23% da população economicamente ativa que ainda tem carteira assinada neste país e ganha até R$ 937,00 por mês.
O governo quer reduzir o aumento previsto para o salário-mínimo, a partir de 1º de janeiro de 2018. O valor, que passaria a R$ 979,00 - hoje é de R$ 937,00 - teria um reajuste R$ 10,00 menor, ou seja, ficaria em R$ 969,00. A proposta já tramita no Congresso Nacional, e vai penalizar diretamente a classe assalariada e a maioria dos aposentados e pensionistas. O governo argumenta que tirar R$ 10,00 do salário-minimo representaria uma economia anual de R$ 3 bilhões.
Enquanto tenta passar a conta da sua incompetência para o trabalhador, uma Reforma Política segue tramitando com a proposta de disponibilizar R$ 3,7 bilhões do dinheiro dos nossos pesados impostos para o Fundo Partidário. A verba seria usada para financiar as campanhas políticas nas eleições de 2018. O Governo planeja, mas não abre mão dos privilégios à classe política.
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