Onde há maior fiscalização, a tendência inicial é identificar um número maior de infrações. É isso que vem ocorrendo com as blitz realizadas em todo o estado para coibir a combinação perigosa de álcool e direção. Felizmente, o Estado de Santa Catarina, um dos campeões em acidentes de trânsito, acordou para essa realidade. Desde que as autoridades de trânsito apertaram o cerco, o número de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de álcool vem aumentando. E isso vai se repetir até que haja uma mudança de comportamento. Foi assim nas décadas de 1970 e 1980 quando se passou a exigir o uso do cinto de segurança e do capacete para motociclistas. Aplicou-se muita multa até que as pessoas se conscientizassem que esses equipamentos eram fundamentais para salvar vidas. Hoje, dificilmente se vê alguém sem cinto de segurança, principalmente nos bancos dianteiros dos veículos, e um motociclista circulando sem capacete. Com os motoristas que insistem em dirigir sob efeito de álcool vai acontecer a mesma coisa. Vamos chegar a um determinado estágio que não será mais necessário tantas blitz, pois as pessoas vão se acostumar a deixar o carro em casa quando a ideia for beber. O que ainda falta é um pouco mais de agilidade do Estado, responsável por aplicar as punições mais severas. Por ora, o caminho é fiscalizar, autuar e prender os infratores, pois está se mexendo no bolso e na liberdade, duas coisas extremamente valiosas.