É contraditório que a Lei das Licitações tenha se tornado tão rigorosa com os administradores públicos, enquanto para quem executa a obra ou presta o serviço (neste caso, a empresa contratada) permite-se a concessão de paralisar a obra e até desistir dela sem que haja uma punição. É o caso da empresa responsável pela obra da nova escola Olímpio Moretto, no bairro Gaspar Grande, e do posto de saúde, na margem esquerda, que simplesmente abandonou os trabalhos sem dar satisfação. Parte do dinheiro já foi pago, mas as duas obras não tem prazo para término.
O que se conclui diante de tamanho descaso é que 2016, por ser ano eleitoral, escondeu-se da população a real situação das duas obras e de outras que estão paradas no município. A administração anterior chegou a propagandear essas obras com se estivessem em fase final de conclusão, quando na verdade há mais de dez meses não se coloca um único tijolo nelas.
É inadmissível que o governo passado e o atual tenham permitido que o dinheiro público, arrecadado com impostos pagos pelo contribuinte, escoe pelo ralo desta maneira. A empresa, alega a atual administração, não está sendo localizada para que receba a intimação. Ora, convenhamos, que se trata de mais uma desculpa pouco convincente. Na verdade, o que se espera do governo são atitudes firmes em defesa dos interesses da comunidade. Os responsáveis precisam ser interpelados judicalmente.
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