O Brasil paga um preço alto por ter, em algum momento da sua história, optado pelo transporte rodoviário em detrimento do ferroviário e até hidroviário, se pensarmos em determinadas regiões do país. Com o tempo, criar, manter e ampliar a infraestrutura rodoviária se tornou caro para os governos estaduais e federal. Sem outra saída, as estradas passaram a ser privatizadas, a exemplo do que acontece em muitos países mundo afora. Porém, o nosso modelo de privatização não é adequado à realidade de um país com dimensões continentais. Sem outra saída, as principais rodovias passaram a ser fracionadas entre empresas do setor. Um exemplo é a BR-101, uma rodovia que foi duplicada, nos anos 1990 e começo dos anos 2000, já fora do seu contexto, o resultado é que a rodovia precisa novamente de grandes investimentos e não isso que se vê, embora haja cobrança de pedágio. A BR-101 é apenas um dos exemplos do quanto o sistema rodoviário do Brasil está atrasado e a tendência é que entre em colapso, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Entidades e associações empresarias vêm tentando, sem êxito, que os governos olhem com mais atenção para o problema da logística rodoviária, pois ela tem tem sido um dos fatores determinantes para o aumento dos preços dos produtos que chegam ao consumidor. Isso reflete no custo de vida, isso sem falar no custo das vidas que são perdidas diariamente. É preciso, urgentemente, se repensar a situação das rodovias catarinenses, pois a sensação é que estamos chegamos no limite e daqui pra frente a imobilidade vai tomar conta das nossas estradas. Estudos da Fiesc apontam que, em menos de 10 anos, o trecho entre Penha e Itapema terá velocidade média de 10km/h.É assustador!