O Gestão Compartilhada, apresentado nesta terça-feira (18), é o antigo Orçamento Participativo, programa de participação popular nas decisões sobre investimentos do poder público em regiões específicas da cidade. É uma proposta do ponto de vista comunitário interessante, porém, com resultados práticos muito aquém da realidade. A sociedade pede cada vez mais participação nas decisões, mas elas ainda são extremamente limitadas por força dos orçamentos e de questões políticas. No futuro, não deveremos ter políticos e uma máquina pública inchada e onerosa para administrar as nossas cidades. Os próprios cidadãos, reunidos em conselhos, irão tomar as melhores decisões, pensando apenas no bem comum. Esse é o melhor conceito de gestão compartilhada.  No modelo atual, a despeito dos orçamentos apertados, as decisões são, na sua maioria, políticas, o que compromete um projeto de cidade para todos. As administrações públicas tem início e fim, e não deveriam, pois o crescimento da cidade é contínuo, não deve ser interrompido. Mesmo assim, o Gestão Compartilhada/Orçamento Participativo, embora tímido nas suas ações e resultados, é um passo importante para uma mudança de conceito de administração das cidades. Pode ser que no futuro não se fale em apenas R$ 3 milhões do orçamento do município de Gaspar para este tipo de programa, mas de praticamente tudo o que a cidade arrecada revertido em obras e melhorias decididas pelos próprios moradores.