Em tempo de pandemia, desemprego, medo, mortes e incertezas, bons exemplos acalmam a alma. A solidariedade tem sido a grande vertente positiva da crise, embora não se possa fugir do problema e dos números que seguem crescendo de maneira ameaçadora, mas atenuar tudo o que está acontecendo com boas histórias revitaliza e mostra que é possível acreditar no futuro.

O Jornal Metas traz em sua edição de hoje, na página 10, uma reportagem sobre um casal que cuida de um centro de passagem e de recuperação para moradores de rua em Rodeio, no Alto Vale. Além do trabalho social, eles ainda decidiram apostar na honestidade das pessoas, algo que poucos fariam, e colocaram um comércio à beira da BR-470 sem atendente. A pessoa chega, pega o produto e deposita o dinheiro em uma caixinha. Se não tiver dinheiro, pode levar o produto que não será presa por roubo. O negócio deu certo, derrubando a tese de que honestidade é algo para poucos. Na verdade, a desonestidade é que sempre foi raridade em nossa socidade, o problema é que os aspectos negativos chamam muita mais a atenção da mídia do que os positivos. As pessoas acabam acreditando que de fato que falta gente honesta. Em nossa sociedade ainda prevalece a confiança e a bondade. A maioria das pessoas são do bem. Se não fosse assim, não haveria um verdadeiro exército de voluntários trabalhando neste momento em prol daqueles que enfrentam dificuldades financeiras por causa da pandemia. Um mundo não está perdido!