Uma combinação de negligência da população para com as medidas sanitárias e falta de fiscalização das autoridades gerou essa verdadeira bomba que é a terceira onda da COVID-19, muito mais letal que as duas primeiras. Os números estão aí para comprovar que a gravidade da situação. O Brasil, Santa Catarina, o Vale do Itajaí e Gaspar bateram tristes recordes esta semana. O País teve o maior número de infectados e de mores num único dia desde o início da pandemia, cerca de 66 mil - como se quase toda a população de Gaspar contraísse o vírus num único dia - e 1.582 mortes. Em Santa Catarina mais de 33 mil pessoas estavam com o vírus ativo no final desta sexta-feira (26) e mais 77 morreram por complicações causadas pela COVID-19. O estado já ultrapassou a barreira das 7 mil mortes. Em Gaspar, neste momento, o município tem o maior número de pessoas com a doença ativa desde o início da pandemia, com 598 pesssoas em tratamento. Isto significa que se metade destas pessoas (300) ficar circulando por aí, pode contaminar outras 900. Por isso, o lockdown estadual de três dias, que é pouco pois sabe-se que o tempo de incubação do vírus é de 1 a 14 dias. Não bastasse os números trágicos, o sistema de saúde se aproxima rapidamente do colapso, repetindo o cenário que persiste há duas semanas no oeste do Estado. Em Gaspar, a UTI voltou a ter, no começo da semana, ocupação total e a Prefeitura se apressou em instalar mais dez leitos. Isto não é prevenção, mas um antídoto necessário depois que o desregramento abriu as fonteiras para que o vírus se espalhasse. Se houvessem regras mais rígidas e fiscalização não seria necessário mais dez leitos. Ou seja, Governo do Estado e municípios jogaram com a sorte e mais uma vez perderam para o vírus.
Deixe seu comentário