Não se trata de uma luta do bem contra o mal, nem de Golias contra Davi. Na verdade, lutamos contra nós mesmos e a insistência de repetirmos erroneamente que está tudo bem e que a pandemia já passou. Na verdade, não. Continuamos sobre a ameaça do vírus. Todas as regras de flexibilização foram feitas para que as pessoas voltassem ao trabalho em busca do sustento nosso de cada dia. Seria utópico imaginar que o país poderia parar completamente (lockdown) durante três ou quatro meses. A decisão foi acertada em reabrir as atividades, porém, ao mesmo tempo em que as autoridades nos dão o direito de voltar a trabalhar e estar nas ruas, entrega à sociedade a responsabilidade de cuidar de si e dos outros. Cada pessoa passa a ser responsável pelas consequências de seus atos. Nada diferente do que já acontece no dia a dia, quando, por exemplo, dirigimos um carro em alta velocidade. Estamos colocando em risco a nossa vida e a de outras pessoas.

Todavia, no caso da pandemia o risco é ainda maior, pois não obedecer às regras estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde é jogar perigosamente com a sorte, e com grandes possibilidades de estar colocando em risco centenas de pessoas que talvez você nem conheça. Portanto, o que se espera neste momento é o mínimo de bom senso, discernimento e de responsabilidade diante do que está ocorrendo, pois o equívoco das nossas ações individuais poderá comprometer todo um trabalho de retomada da economia caso o governo do estado volte a determinar a suspensão das atividades frente ao aumento do número de casos. É pensar, refletir!