"O mundo perdeu a capacidade de chorar". A frase escrita e replicada em alguma comunidade virtual explica o fato do flagelo das guerras estarem assimilados por nós. Perdemos o poder de nos chocarmos e nos indignarmos diante das atrocidades cometidas por conta de posições políticas e religiosas contraditórias. Crianças sírias asfixiadas por armas químicas e "chuva" de foguetes nunca foram o caminho da paz. 
Tensão que não é menor que a vivida no Brasil, evidentemente que sem as ameaças de armas mortíferas. No entanto, o governo Temer parece esforçar-se para destruir as principais conquistas dos trabalhadores. A reforma da Previdência Social, na versão original que o Planalto defendeu como inevitável durante meses, cedeu às pressões do Congresso e o desfecho contrário aos  trabalhadores é inevitável. Projeta-se para daqui a 40 anos, a Previdência reponsável por 20% do PIB do país, porém, o próprio governo não sabe explicar de onde tirou essa projeção.
E a reforma política? Também caminha para um desfecho desfavorável à sociedade. Foram anuladas as propostas de fim do voto obrigatório, redução de imunidades, controle dos custos das campanhas e prioridade à tramitação de projetos de iniciativa popular. Sobraram a lista fechada de candidatos nas eleições, anistia ao caixa dois e outros absurdos. Se gases venenosos e foguetes ainda não nos atingem, somos punidos pelos interesses de um minoria que produz contra a sociedade, pois neste momento não há nada a temer.