Num cenário de comoção nacional, fica difícil combater as fake news. Foi assim durante a pandemia e repete-se agora que o país se divide entre duas candidaturas à Presidência da República. Acessar os canais digitais de informação não-oficiais é se deparar com as mais absurdas inverdades. As redes sociais se transformaram num enorme lixão, um tanque onde se lava todo o tipo de roupa suja. A Justiça Eleitoral tem tentado evitar a propagação dessas informações falsas.
Em 2021, incluiu na Lei Eleitoral o veto à divulgação de fatos considerados inverdades. Dessa forma o Tribunal tem conseguido, com certa frequência, barrar conteúdos sabidamente falsos, porém, a velocidade com que as pessoas compartilham essas informações, impulsionadas pelo serviço sujo de robôs, tem sido um problema. Uma campanha marcada por baixarias de toda a ordem, que tensionam as relações políticas internas entre apoiadores de A e B e desviam os eleitores do foco principal não deveria tomar esse rumo. A campanha eleitoral vai passar e todas essas informações falsas serão esquecidas. A polícia dificilmente irá investigar quem de fato criou ou propagou a desinformação e a mentira. Com o andar da carruagem vamos começar a entender que o crime virtual no Brasil compensa. Ou se faz algo urgente para acabar com esse tipo de ação sórdida ou vamos daqui pra frente consumir muito mais mentiras do que de verdades.
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