Os piores reflexos de uma crise econômica estão nos indicadores sociais. É onde se mede, com exatidão, o tamanho dos estragos que o endividamento e a falta de dinheiro no mercado podem provocar. O Brasil está mergulhado nas crises - econômica e política - há mais de dois anos. Essa já é, dito por especialistas, a maior crise econômica da nossa história. Embora se observe uma pequena reação, ainda serão necessários alguns anos para que o país volte aos trilhos do crescimento. Enquanto isso, as famílias vão continuar a conviver com uma queda no padrão de vida. 
Nesta terça-feira (21), o Pndu (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) mostrou mais uma face cruel da crise no Brasil. O nosso IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) não avançou. Isto aconteceu pela primeira vez desde que o índice é medido em alguns países. O Brasil é apenas o 79º em uma lista de 188 nações, ficando atrás inclusive de países com economia inexpressiva como Panamá (60ª);  Trinidad e Tobago (65ª); Costa Rica (66ª); Cuba (68ª) e Venezuela (71ª).
Um dado curioso do levantamento mostra que de 2003 a 2013, mais de 29 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza. Todavia, de 2014 para cá, 4 milhões ingressaram ou retornaram para lá. Logo se concluiu que além de recuperar a economia, será preciso fortalecê-la, para que a pobreza não se torne circunstancial.