O governador Eduardo Pinho Moreira já percebeu que precisa colocar urgentemente a casa em ordem ou, no mínimo, deixar o governo, depois de oito anos, mais equilibrado financeiramente. O governador, que cumpre uma espécie de mandato-tampão desde que o titular pegou o boné para pleitear uma vaga de pré-candidato ao Senado Federal, já percebeu as dificuldades que irá enfrentar nestes poucos meses.
E os sintomas ficam claros quando ele prega ainda mais austeridade, com cortes profundos nas despesas. Pinho Moreira diz que a situação do governo já era difícil no ano passado, mas que agora piorou. E, ao que parece, é nas despesas de pessoal que está o grande problema da administração. Como toda a máquina administrativa, o governo de SC está inchado de pessoal. De acordo com levantamento, o gasto com folha de pagamento se aproximou perigosamente dos 50%. Nesta semana, o governador anunciou novos cortes de pessoal, com a demissão de 239 funcionários em cargos comissionados. Já havia anunciado, assim que assumiu como interino em fevereiro, o fim de 15 Agências de Desenvolvimento Regionais, com a demissão de 185 funcionários em cargo comissionados. Somente com a extinção das ADRs, o governo terá uma economia de R$ 50 milhões por ano, ou seja, uma Ponte Vale a cada 12 meses. Pinho Moreira quer deixar a sua marca como executor de obras e não pagador de dívidas que não são suas.
Editoriais
Deixe seu comentário