De repente, o céu escureceu e nuvens escuras avançaram de forma ameaçadora sobre o Estado de Santa Catarina, trazendo ventos de mais de 120km/h que destelharam casas, galpões, prédios e derrubaram muros, cercas, placas, paineis, fachadas de empresas e vidraças de casas, apartamentos e comércios. Quem viu a cena jamais vai esquecer. Um verdadeiro caos resultado de poucos minutos de ventania. O Ciclone Extratropical deixou milhares de catarinenses afetados (mais da metade sem energia elétrica). O próprio Jornal Metas circula um dia depois - nesta quinta-feira (2), em função da falta de energia e de comunicação.

Mais uma vez, Santa Catarina se vê diante de uma tragégia climática não apenas com perdas materiais, mas também com perdas de vidas, já que nove pessoas morreram em função do ciclone e outras duas estão desaparecidas. E num momento adverso, já que a pandemia do novo coronavírus avança nos estados do sul do País.

A tragédia desta terça-feira vai desviar o foco e recursos no combate à pandemia. A Assembleia Legislativa já acenou com a liberação de R$ 30 milhões, que seriam doados para o combate ao novo coronavírus, para a reconstrução dos estragos causados pelo Ciclone Extratropical. Em Gaspar, o Ciclone chegou um dia depois da prefeitura anunciar novas medidas restritivas de distanciamento social em função do crescente número de casos da COVID-19.

O momento é difícil, mas nós acreditamos na força do trabalho e união dos catarinenses para superá-lo. Vamos mostrar ao inimigo invisível, que está por aí, e ao outro, que passou deixando um rastro de destruição, a nossa capacidade de recuperação. Força Santa Catarina!