Definitivamente esse não é o país que redemocratizamos. Isso aqui não é um campo de batalha política. Não matamos quem não comunga dos mesmos ideais de sociedade. Isto é incivilidade. É pelo voto que manifestamos nossas escolhas e pelo diálogo propagamos nossas ideias. Outro caminho que não esse é violência, intolerância, arrogância. Deforma nossa sociedade e acaba com nossos direitos, como o direito à vid e o próprio Estado de Direito Democrático.

É fato - e as pesquisas estão aí para comprovar - que a violência política aumentou no Brasil nos últimos anos, e isso acende um sinal de alerta para as eleições que vem por aí. O cenário que se desenha preocupa e será necessário unir forças entre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo para que possamos chegar ao Segundo Turno das Eleições (se for o caso) sem a ocorrência de atos antidemocráticos. Vencidos e vencedores, seja qual for o lado, devem aceitar o desejo das urnas, porque se hoje nos permitem decidir por A, B ou C é porque nós reconquistamos este direito a duras penas, lutamos e morremos pela volta da democracia e pelo voto que haviam nos suprimido durante quase duas décadas.

Reaprendemos a falar de política, a opinar e decidir entre as várias vertentes que hoje formam o cenário político nacional. Em alguns momentos exageramos, é verdade, mais jamais com o extremismo que se vê hoje, este clima de guerra civil. Os espisódios que têm marcado essa pré-campanha eleitoral assustam e obrigam as autoridades e adotarem medidas extremas para garantir a lisura do pleito e a punir os culpados por crimes e atitudes que ferem a democracia.