São termos muito próximos, mas não podem ser encarados como sinônimos, embora sejam aleatoriamente confundidos. Escola, educação e ensino são diferentes quando vistos seus conceitos. Fundamentais na formação do povo, tanto no aspecto intelecutal quanto na cidadania, educação e ensino que se encontram na escola. Todavia, quando a escola não está entre as prioridades dos jovens, resta lamentar que ensino e educação entrem em curva descendente.
Pesquisa realizada pelo Sesi/Senai (Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) revela que depois dos 16 anos, só 15% dos jovens brasileiros estão em sala de aula. A necessidade de trabalhar é o principal motivo para o abandono dos estudos. Em algumas famílias de baixa renda, os jovens se tornam os mantenedores e, muitas vezes, formam família e continuam dividindo o teto com os pais justamente porque a divisão causaria impacto financeiro. O recorte mais grave desse cenário devastador se observa nas regiões norte e nordeste do país, mas aqui no sul nos parece que o fenômeno da não escolaridade se agrava na medida em que pioram os indicadores sociais.
Não é exagero afirmar que, aos poucos, vamos perdendo uma geração de joven intelectualizados e esclarecidos para a necessidade da sobrevivência. Um cenário desesperador, desalentador na medida em que as consequências de tal retrocesso serão sentidas mais adiante, quando aquele jovem sem estudo envelhece e sua mão de obra se torna desnecessária. O Brasil e os brasileiros precisam voltar a acreditar no ensino, na educação e nas escolas em todos os seus níveis.
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