O grande desafio das próximas administrações municipais será o de organizar a cidade. O crescimento que se observa não parece muito bem assentado. Gaspar, que se aproxima dos 88 anos, ainda caminha lentamente para se consolidar como uma cidade de oportunidades. Há problemas sérios na parte de segurança pública, que parece não ter solução apenas para as autoridades responsáveis. O trânsito também necessita de mais investimentos, além da referida mão de obra, uma queixa da maioria dos empreendedores da cidade. Nesta semana, o ranking do Caged colocou novamente Gaspar entre as cidades mais geradoras de emprego em Santa Catarina. A classificação soa como contraditório na medida em que a cidade só não avança mais justamente porque carece de mão de obra. Gera-se emprego, mas não tem quem ocupe essas vagas. Nem o Instituto Federal, que chegou como grande solução, não conseguiu até agora suprir essa demanda. O que se vê muito na cidade são investimentos em moradia, outro problema grave. Neste caso, não se trata de uma iniciativa pública, mas sim privada. Todavia, apenas termos moradia não é suficiente para atrair trabalhadores qualificados. Precisamos de fato atrair empresas de serviços, que é o "pulo do gato". Gaspar precisa ter empresas que atuem nas mais diversas áreas na prestação de serviços, somente assim vai conseguir atender setores economicamente mais ativos da indústria, como o têxtil. É sempre bom lembrar que a geração de emprego precisa vir acompanhada da geração de renda, pois caso contrário a cidade empobrece.