Quando os dois lados parecem irredutíveis em seus posicionamentos, a tendência é que se parta para medidas mais extremas, pois esgotaram-se todas as possibilidades de uma solução por meio do diálogo. O extremismo, pode acabar por prejudicar a terceiros. A tendência é que os servidores públicos busquem um outro caminho, mais extremista para tentar preservar aquilo que a categoria entende como um direito. A greve pode ser esse caminho. A decisão sai nesta quarta-feira (8), em assembleia convocada pelo sindicato da categoria. E a população, que necessita dos serviços públicos, deve estar apreensiva.
Cálculos já foram apresentados à administração, porém, a decisão de retirar o pagamento da folha salarial e somente discutir aumento na data-base da categoria está legitimiado. A administração não tomaria essa decisão se não estivesse juridicamente respaldada, por isso a inflexibilidade. O auxílio alimentação vem sendo usado, há muitos anos, como um artifício para aumentar o salário. Mudar a regra é realmente mexer num vespeiro, mas sem o receio de ter que voltar atrás por uma decisão judicial.
A administração assumiu unicamente o risco político da decisão, calculando exatamente o preço que vai pagar mais adiante. Em contrapartida, economiza uma boa grana, propagando que será aplicada na saúde e na educação. Aí, a dúvida é da população. É acreditar ou não. Simples.
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