As eleições não terminarem. Ainda respingam em pessoas da alta cúpula do governo anterior denúncias de abuso de autoridade, omissão e de atos anti-democráticos. Não é nossa intenção pedir à justiça que não cumpra ela o seu papel. Afinal, um Poder Judiciário forte é garantia de democracia. Mas, em tempos de intolerância política, a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, joga combustível na chama do radicalismo A justiça, na figura do ministro Alexandre de Moraes, parece imbuída da tarefa de não sossegar enquanto não levar a julgamento políticos e autoridades da área da segurança do governo anterior.
De fato, o 8 de janeiro e tudo o que se fez dentro das instalações dos poderes executivo e judiciário ainda soam fortes nas lembranças dos magistrados.
A ideia é que não sobre ninguém impune. Todavia, é um caminho perigoso e que desagrada uma parcela significativa da sociedade brasileira, que se alimenta dessas tensões e enxerga no presente na figura de magistrados vestindo a túncia da política e não a da verdadeira justiça. Que tudo passe e o país retome a tranquilidade política.