A crise pegou em cheio as administrações públicas em todos os níveis. Não tem dinheiro para investimentos, as dívidas só aumentam e a máquina tá inchada. No Rio Grande do Sul, o governo não sabe quando vai pagar o 13º salário do funcionalismo público. Em Santa Catarina, a situação ainda não chegou neste pé,  mas o alerta vermelho tá ligado e o governo Raimundo Colombo e sua equipe terão que mostrar habilidade administrativa para passar esse momento de turbulência. Colombo anda peregrinando de região em região para explicar, via imprensa, à população catarinense que a água tá subindo, por isso é preciso frear a sangria nos cofres públicos. Esteve nesta terça-feira em Blumenau, onde reafirmou que a perda de arrecadação de 2015 para cá já chega a 20%. Isto é extremamente impactante na economia do Estado e tem reflexos diretos nos investimentos e nas obras que começam a andar em ritmo mais lento.
Desta forma, os prefeitos que assumem daqui a pouco menos de um mês já tem um recado muito claro. Não terão para onde apelar. A ordem, portanto, será austeridade ao máximo nos gastos públicos, o que pressupõe aperto fiscal e cortes nos investimentos e no empreguismo que se agiganta na administração pública. Prefeitos eleitos de várias cidades estão ameaçando eliminar milhares de cargos de confiança. Essa medida é extremamente necessária, embora contrarie a cartilha da política brasileira.