Os controladores de velocidade, as chamadas lombadas eletrônicas, nunca serão solução para a violência no trânsito brasileiro. Se fossem, os países desenvolvidos, que também sofrem com o problema, já teriam adotado estes equipamentos. Os controladores se configuram, simplesmente, em instrumentos de arrecadação de estados, municípios e federação. São milhões de multas aplicadas todo o mês. E não se trata de uma "indústria da multa", afinal, os equipamentos estão ali, a olhos vistos e bem sinalizados. Somente é multado quem ultrapassa o limite de velocidade. Os controladores de velocidade são bem mais justos que os radares, também conhecidos por pardais, que no início dos anos 2000 eram colocados até em galhos de árvores. Neste caso, sim, havia uma clara intenção de flagrar motoristas em excesso de velocidade, sem ao menos dar-lhes a chance de refletir e obedecer à sinalização. O problema desses controladores de velocidade é que eles são administrados por terceiros e aí fica o questionamento  à prefeitura de Gaspar e outras prefeituras: O que essas empresas estão fazendo para humanizar o nosso trânsito? Qual a contrapartida em educação no trânsito? Afinal, esse é o caminho que se deve para reduzir a violência do trânsito. Mexer no bolso dos motoristas é punitivo, mexer na consciência das pessoas é construtivo. Se o país seguir nesse caminho, talvez, no futuro, não vamos precisar mais instalar este tipo de equipamento nas ruas das nossas cidades.