Andam dizendo e escrevendo por aí que o eleitor terá mais opções de escolhas nas eleições deste ano. Só para governador do estado de SC, a lista pode chegar a dez candidatos e podem aparecer mais dia 5, prazo final para as convenções. Mas, mesmo depois das reuniões partidárias, o quadro pré-campanha pode mudar e mais surpresas podem aparecer, além daquelas que estamos vendo. Numa situação em que a política se tornou uma profissão de risco, parece contraditório que tenhamos tantos postulantes a cargos eletivos. A verdade é que a política continua seduzindo as pessoas, muitas delas profissionalmente realizadas e que poderiam estar gastando o dinheiro que juntaram durante toda uma vida. Há candidatos, por exemplo, que se eleitos vão terminar o mandato com maius de 80 anos de idade. Não que a idade seja dificuldade, mas convenhamos que estar na política representa agenda sempre de compromissos e viagens. Até isso, o eleitor precisa pesar na hora de escolher o seu candidato. Outros são tão jovens, que não parecem em condições de representar uma nação, um estado ou região. Por fim, os aventureiros, que empurrados pelos likes, curtidas e seguidores nas redes sociais acham que podem chegar em Brasília, como se o poder fosse uma atividade virtual de influencer. Portanto, não nos surpreende o número de candidatos, mas o que deve interessar ao eleitor é o qualitativo e não o quantitativo.