Há governantes felizes da vida na reta final do seu mandato. Afinal, eles conseguiram a façanha de multiplicar o dinheiro em caixa, depois de dois anos de pandemia e gastos exorbitantes com saúde. Coincidiu que o dinheiro começou a jorrar no último ano de mandato. Gestão competente? Os sucessivos aumentos geram mais arrecadação em impostos e irrigam os caixas dos governos federal, estadual e municipal. Nunca se arrecadou tanto quanto nos últimos anos.
A cada mês, um novo recorde é comemorado por estados e municípios. O dinheiro dos pagadores de impostos financia essa verdadeira farra de distribuição de recursos públicos que se tem visto país afora nos últimos meses. E não estão errados os governantes ao usarem essa estratégia. Agora, se existe a possibilidade de abrir as torneiras que se faça com competência administrativa e planejamento político. Afinal, a estratégia, se bem feita, tende a lhes proporcionar mais capilaridade no jogo político eleitoral que vem por aí, pois irriga projetos de reeleição e traz para perto aliados também com interesses eleitorais.
Candidato declarado à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro briga com a diretoria da Petrobras por causa da política de preços dos combustíveis e ao mesmo tempo acena com um vale de R$ 1 mil para os motoristas de caminhão autonômos, categoria que tem sido forte aliada do presidente e massacrada pelos frequentes aumentos no preço do diesel. O governo federal pretende dar um bônus - até 1º de janeiro - de R$ 200,0 no Auxílio Brasil, que passaria de R$ 400,00 para R$ 600,00. Enfim, é o contribuinte proporcionando aos governantes abanar com o chapéu aos eleitores.
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