O número é estarrecedor. Mais de 90 mil registros de violência (física e psicológica) contra as mulheres em Santa Catarina. Por isso, a nossa decisão de abordar o tema na primeira reportagem especial do ano. Não é de hoje que o nosso estado ocupa as primeiras posições quando o assunto é violência contra as mulheres e, embora os números se mantenham dentro de uma certa estabilidade, eles ainda são elevados e precisam ser melhor avaliados, para que medidas urgentes possam reduzir essa escalada de violência e tirar Santa Catarina do topo dessa incômoda lista.
No último final de semana, foram dois assassinatos de mulheres no Estado. Em ambos os casos, os autores tem ou tiveram relacionamento afetivo com as vítimas. Esse fator é preponderante na grande maioria dos feminicídios. A reportagem mostra ainda ações que foram ou estão sendo adotadas em Gaspar para proteger mais as mulheres, já que violência doméstica preocupa. Todavia, não vamos conseguir avançar muito se o primeiro movimento não for da própria vítima ou de pessoas próximas ela, que devem denunciar aos órgãos competentes. Sem esse registro não existe crime e o ciclo da violência não será interrompido e, quando isso não ocorre, aumenta o risco de feminicídio.
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