Não será fácil para a Prefeitura de Gaspar firmar o convênio para a manutenção dos dez leitos de UTI no Hospital de Gaspar. Isto porque, o Governo Federal autorizou a instalação provisória de milhares de leitos de UTI no Brasil. Muitos hospitais vão tentar seguir o mesmo caminho de Gaspar, ou seja, tornar os seus leitos definitivos. As idas do prefeito Kleber Wan-Dall ao Ministério da Saúde, em Brasília, são pertinentes, pois é preciso se antecipar e tentar ficar entre os primeiros da longa fila. É verdade que mostrar apenas a capacidade técnica do hospital de Gaspar em manter os leitos não será suficiente. O fator político, mais uma vez será fundamental. Por isso, a bancada catarinense em Brasília precisa ser acionada e aí pode ser que Gaspar encontre dificuldade por falta de representação política do Vale do Itajaí. É verdade que o deputado Peninha tem se mostrado um bom canal com o governo federal, mas ainda é pouco.

É preciso uma mobilização maior, inclusive de entidades representativas do município, tais como Acig e CDL, e da região como a AMMVI. Embora o prefeito tenha retornado de Brasília otimista com o andamento do convênio, não dá para cravar absolutamente nada. O caminho até lá será longo, mas ele precisa ser vencido com determinação. O hospital de Gaspar precisa desta UTI, pois ela é fundamental para que possamos tornar a instituição referência em alguma especialidade, além do fator financeiro. Como disse o prefeito, muitos médicos não operam no hospital de Gaspar porque não existe UTI, para o caso de alguma emergência, assim como muitos pacientes também não aceitam. A UTI é garantia de mais segurança e qualidade no atendimento aos pacientes.