É evidente que o Hospital de Gaspar precisa de uma UTI, porém, também existem diversas outras prioridades que poderiam ser executadas antes de se criar a enorme e onerosa estrutura. Todavia, pensou acertadamente o vereador Silvio Cleffi ao propor o projeto lei, já aprovado e sancionado pelo prefeito, criando um fundo para a implantação da Unidade de Terapia Intensiva. O nosso hospital vai se tornar mais seguro para médicos e pacientes, além de dar mais credibilidade e visibilidade à instituição. Tudo é válido para rentabilizar o hospital que segue enfrentando sérios problemas financeiros. Agora, ter uma UTI e continuar com um atendimento de emergência deficitário é querer colocar um motor de Ferrari num fusquinha.

Na verdade, o que se precisa, neste momento, é de um meio termo. A lei é muito interessante, já deu certo em Timbó, mas lá havia a obrigatoriedade do repasse para o município, o que já gerava uma previsão de receita. No caso de Gaspar, não dá nem para prever o quanto vai se arrecadar, pois a decisão de doar ou não o valor do desconto é unicamente do contribuinte. Se a discussão entre Executivo e Legislativo permanecer, a lei perde credibilidade, o hospital fica sem os recursos e o cidadão será o único prejudicado. É preciso se chegar logo a um entendimento.