Estamos no epicentro de um furacão. A tampa do bueiro foi aberta e escancara a podridão do sistema político brasileiro. As chagas são profundas, doloridas e expostas num show de horrores diante dos olhares incrédulos da população desinformada.
Caxia-dois é crime. A grande maioria dos políticos praticava este tipo de delito para arrecadar dinheiro para campanhas eleitorais e para o próprio bolso. Tudo com a conivência dos chefes da Nação. Não resta dúvida que a Odebrecht era a principal alimentadora deste esquema corrupto, foi assim que a empresa se tornou uma das maiores do seu setor na América Latina. A Odebrecht se consolidou graças aos "agrados" que distribuia indistintamente a presidente, ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores, secretários e assessores de mais de 16 partidos políticos. Tudo em troca de favorecimentos. Essa prática não era uma exceção, mas a regra. A participação de políticos no esquema era generalizada. Por isso, a lista do ministro Fachin e outras que ainda vão surgir revelarão uma enorme rede de corrupção instalada no Legislativo e Executivo em todas as esferas do poder.
O povo precisará ser participativo e unido neste momento de agonia da nossa democracia. É necessário reivindicar reformas urgentes e exigir que a lei seja dura com todos, não permitir fugas pelo "jeitinho". É preciso varrer da vida política do País os maus políticos. O Brasil não vai parar, como nunca parou. Sua economia seguirá potencialmente pujante, o que deve parar é a corrupção.
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